Dakshina_Kalika
História:
Durante uma era distante, houve uma guerra entre Anjos, demônios e deuses no terceiro céu, um lugar impossível de ser acessado pela humanidade. Luz e trevas se chocavam, fazendo com que o céu que pairava sobre os humanos ficasse no tom de vermelho sangue, o tinir das espadas causavam relâmpagos, rasgando os céus, os gritos daqueles demônios ao serem mutilados, estraçalhados e perfurados pelas espadas se assemelhavam a estrondos de trovões ecoando no horizonte.
No meio de todo aquele alvoroço havia um daevas conhecido como o ‘deus rejeitado’, trazendo junto com ele o caos e a destruição por onde passava. Diante daquela catástrofe, seus olhos percorriam por cada extremidade de Daheo, e acabam indo de encontro a uma bela jovem que o faz ter uma certa admiração pela mesma. ——quem poderia ser?—— (pensou o daevas) A jovem de cabelos escuro e longos, a pele negra como o céu noturno, lábios rosados, olhos âmbar, vestido longo dourado com detalhes cristalinos, espada com laminas de fogo acompanhavam seus movimentos que eram precisos como se estivessem dançando em um ritual sangrento enquanto manuseava suas espadas, desferindo golpes nos seres que estavam ao seu redor. Vendo a situação em que a encontrara, o mesmo com sua espada em mãos abriu caminho, dizimando quem vinha ao seu encontro. Assim que ele chegou perto da jovem seus olhos se encontraram, e ali foi amor à primeira vista, os dois batalharam juntos durante aquele tempo de guerra onde a luz prevaleceu sobre as trevas, trazendo paz por um longo período.
Passado alguns dias da guerra, Akshay decide sair de seu templo e ir ao encalço daquela jovem que chamou sua atenção. Suas esperanças de ver aquela jovem estavam se esvaindo, até que encontrou o templo dos celestiais em que ela habitava. Os devis não gostaram muito da visita em suas terras pois, cerca de 200 anos atrás, Akshay teria entrado em guerra com eles e no final de tudo eles decidiram selar um acordo de paz. E para não quebrar o acordo eles decidem recebê-lo em seu templo. A jovem Devi se encontrava no jardim do templo admirando a beleza do lugar.... O silêncio dali foi quebrado quando ela ouviu a voz de um dos soldados chamando sua atenção para ele. Em seguida ele entrega o recado de que um deus estaria esperando por ela na ala principal, de repente um sorriso paira em seus lábios e, eufórica, não pensou duas vezes em ir ao seu encontro.
Os dois passaram horas conversando e, alguns dias depois de seu encontro, aquele deus decide cortejá-la. Muitos do templo que viam os dois ali não concordavam com aquela união, e com o jeito que estavam se aproximando.
Em uma noite estrelada ele foi novamente ao seu encontro e ali ficaram por horas conversando, no jardim debaixo de uma árvore de cerejeira, e em meio a conversas haviam carícias, beijos, abraços, até chegar em um ponto que ambos cederam e um amor que fora selado pelos dois floresceu, porém, ela não sabia que aquele amor traria a sua própria destruição.
Passado algum tempo, a jovem começa a passar mal e a sentir enjoos, dias se passaram e ela descobre que estava grávida. A notícia percorreu pelo templo em uma rapidez tremenda, trazendo conflitos para todos, criando uma certa contenda entre eles. A corte do templo não satisfeita e enfurecida com tamanha desgraça por uma devi ter se entregado a um suposto "inimigo" pediram para os guardas trazerem aquela jovem para ser julgada diante de todos, e assim fizeram. Levaram a jovem diante da corte, os olhos daquele povo a desprezavam, como se ela fosse indigna de estar sobre o mesma teto que eles.
Para guardar o segredo de que a devi estava gravida, a mandaram para a ala direita do templo e a prenderam na torre até o dia do nascimento da criança. Inconformada com aquela situação que o seu povo sentenciou a ela, chorava dia e noite sem notícias de seu amado.
Seu coração apertado e magoado com tudo que estava acontecendo, contudo decidiu lutar para se manter viva até o nascimento daquela criança. Pensava em todas as formas de fuga para se ver livre daquele lugar, o medo todos os dias passeava em sua mente, temendo pela vida da criança após seu nascimento.
Passaram-se dias e meses e nada de seu amado a vir tirar daquela grande tormenta. Os sacerdotes enraivecidos com aquela situação puniam a devi severamente por ter se entregado a um deus rejeitado. A devi era a mais forte dentre seu povo, mas a submissão aos seus líderes a impedia de agir. Poderia ela revidar todos os maus tratos? Poderia, mas ela se continha por causa da gravidez, o medo de ela se virar contra seu povo e eles como audaciosos descontar na criança amargurava seu coração, somente por isso ela hesitou em lutar.
A criança que estava sendo gerada, consumia muito de sua energia que deixava sua mãe muitas vezes fraca. Os sacerdotes juntamente com os membros do conselho se aproveitavam da sua fraqueza para tortura-la. lágrimas escorriam de seus olhos enquanto segurava sua barriga enorme como se sua vida e sua existência dependesse daquele momento para salvar a vida de sua amada criança. Eles não a torturavam ao ponto de matar ou desmaiar, mas sim, para mostrarem superioridade a ela e quando a torturavam diziam o porquê daquilo e maldizia a sua existência dizendo eles que aquela era a punição devida para uma "suposta" traição com seu povo e que ela e a criança após seu nascimento iria pagar por esse pecado. Assim que eles terminaram a tortura, eles saem e outras devis entram, dentre elas uma de suas damas de confiança. A sua dama, ao ver que a sua senhora estava passando por tudo aquilo sem ao menos pestanejar, começou a sentir repulsa e raiva por eles por castigarem ela dessa forma. seus olhos recaíram sobre a devi ao ver suas costas com vários cortes causados pelos açoites e sujas de sangue, sem pensar duas vezes ela vai de encontro com ela e a ajuda a se levantar. Como uma tempestade tropical, que se alastra fortemente e leva tudo o que vê pelo seu caminho, a melancolia e a solidão devastavam a alma de Devi, consumindo todos os resquícios de esperança e liberdade. A única dama que os sacerdotes e o conselho permitiu em ter contato com a devi foi ela. Preocupada com a depressão assolando sua senhora, ao ver a devi fraca e quase desfalecer pediu permissão para o conselho para ir visitar sua família e em segredo, toma coragem para sair em busca de algo que pudesse fortalecer sua senhora e ao fruto do amor proibido.
Segundo a tradição deles, existia um famoso lago Pampā ao leste da colina Mataṅga e a oeste da colina Ṛśyamūka, colinas estas que são chamadas pelos mesmos nomes até dentro da aranya (floresta). muitos se arriscaram e se perderam no caminho para tentar encontrar o fragmento conhecido como elixir da vida que continha uma parte da alma da divindade. A dama de devi se arriscou a encontrar esse fragmento numa jornada que não levou mais de meia lua (duas semanas) e de fato encontrou o alvo de comentários que acreditava não passar de lendas que dizia: somente os puros de coração encontraram na floresta da colina um lago cristalino rodeado de flores, árvores e suas vegetações. No meio do lago estará a flor de hibisco frutacor ornamentada em dourado e suas folhas cristalinas que continha o fragmento da alma da deusa. Aquele que for corajoso e de bom coração seria capaz de arrancar a flor de hibisco e tomar para si. O ser que usasse a flor de hibisco se tornaria o receptáculo da deusa e uma das personificação da divindade se tornando uma só com ela pela eternidade.
Em seu retorno para o templo dos devi, a dama teve que agir rápido. Antes que perguntas fossem proferidas, ela triturou aquela folha e preparou um chá com a flor hibisco e o levou para devi. Quando ela entrou no quarto de sua senhora, não reconhecia a mulher que estava sobre o leito, magra e cheia de marcas pelo corpo. A dama chorou ao encontra sua senhora daquela maneira e foi ao seu encontro para lhe dar o chá. Quando a devi tomou o chá, sentiu suas forças sendo renovada, contudo, apenas um pequeno resíduo ficou no corpo de Devi, pois sua criança, afetada pelo sofrimento e melancolia da mãe, consumiu a maioria dos nutrientes e do fragmento alma daquela divindade.
A devi agradeceu a jovem por ter ajudado a ela e começou a chorar. A dama de devi vendo aquela situação sorriu ao ver o rosto de sua senhora que antes estava pálido agora, ruborizado. A dama não sabia que a flor de hibisco divino e enigmático continha uma maldição que todos desconheciam. "Quem tentasse obter a flor e não fosse digno iria se perder por completo na colina, sua sanidade iria definhar aos poucos, miragens da própria divindade despedaçando seus membros e torturando levaria você a loucura até sua vida se esvair de seu corpo. Caso a pessoa fosse digna, iria perder uma porção de si mesma, como se a escuridão e o caos a seguisse pelo resto da sua existência. só que algo diferente iria acontecer. O fragmento foi ingerido por duas pessoas no mesmo corpo e ao mesmo tempo, algo muito ruim iria vir sobre a mãe e a criança. O fragmento da deusa que fora consumida por elas, estava esperando a hora e o momento certo para cobrar uma de suas almas como sacrifício divino: uma alma pelo fragmento da alma da deusa e de fato isso estava muito perto de ocorrer.
O segredo que o povo do templo queria manter em sigilo infelizmente se espalhou pelos quatro cantos de Daheo, chegando ao ouvido de Akshay, que, sua amada estaria gerando sua criança, então, sem pensar duas vezes ele sai de seu reino em uma viagem de 3 dias e 3 noites até o templo onde sua amada se encontrava. Chegando nos portões do templo fora cercado pelos guardas, que impediram sua entrada, e enfurecido com a ousadia deles, pensou em destruir tudo em sua volta, porém, respirou fundo e disse que voltaria no outro dia para ver sua amada. A corte, enfurecida com tamanha ousadia do deus, decide escrever uma carta como se fosse a devi.
E no dia seguinte ao chegar nos portões do templo, foi barrado mais uma vez pelos guardas, o general que ali estava foi diante daquele deus e entregou um envelope em suas mãos, sem saber o que estava por vir, abriu aquele envelope e dentro dele tinha uma carta perfumada com a essência que somente a jovem usava, pois fora presenteada por ele, dizendo que ela tinha desistido de corresponder o amor dele, e que aquilo que os dois viveram foi um momento irrelevante e a criança que ela gerava não pertencia a ele mas, sim a outro e que não queria vê-lo nunca mais. A raiva se apossou de Akshay ao saber que o amor de sua vida tinha o enganado; Jurava que o sentimento deles era puro e verdadeiro um para com outro, entretanto o amor que sentia por aquela mulher fora destroçado ao imaginar sua amada na cama com outro homem. Enfurecido com as palavras daquela carta e com tudo aquilo que estava acontecendo, ele bradou aos quatro ventos dizendo que iria embora mas jurou voltar com seu exército para acabar com tudo naquele lugar.
(...)
O dia tão esperado chegou e a criança indesejada pelo seu povo nasceu; Era uma linda menina, a cor de sua pele coincidia com avelã, seus lábios e bochechas rosados, seus cabelos brancos belíssimos e seus olhos alternavam entre o âmbar e o azul celeste carregado de uma combinação perfeita do gene de seus pais.
—É a criança mais linda deste templo— (pensou a parteira)
Seus pensamentos foram interrompidos em questão de segundos ao ouvir tilintar de espadas perto dali...
— Quem poderia ser?—(pensou as devis que ali estavam)
A porta do quarto em que se encontravam foi brutalmente arrancada por Akshay, trajado em sua armadura dourada e sua capa vermelha com sua espada suja de sangue, no corredor podia se ver os corpos dos soldados que aquele deus havia matado enquanto seu exército estaria no templo e nas localidades daquele lugar, trazendo com eles o caos e a matança.
As devis que se encontravam naquele quarto, ficaram afoitas com aquela divindade, porém, não deixaram se abater pelo medo e Três delas entram em uma luta contra Akshay enquanto outras duas decidem ficar na retaguarda ao ver a espada pingando sangue no chão. Enraivecido com a atitude daquelas devis, vai de encontro com elas e ambos começam a lutar brutalmente. Porém, elas falharam ao subestimar aquela divindade. A Devi, atônita com a cena que presenciou ao ver suas irmãs serem mortas diante de seus olhos.
O pavor e o medo toma conta dela quando seus olhos se cruzam com os olhos de Akshay, que já se encontrava alguns passos de sua cama. Ela procura em seus olhos o homem que um dia fez juras de amor para ela, mas não achou, só havia ódio presente em suas irirs. A devi abraçou sua filha temendo pela vida dela enquanto envolvia ela em seus braços para tentar esconder de Akshay.
Por um momento, Akshay deixa se levar ao ver a tristeza, espanto e magoa no rosto de sua amada. Ele se aproxima lentamente, senta na cama ao seu lado e no calor do momento, uma de suas mãos se aproxima do rosto daquela mulher, mas, o choro da criança faz com que ele volte a si.
A mão que ia em direção ao rosto da devis, repentinamente agarra o pescoço dela. Devi olha com espanto para Akshay, enquanto seu coração se despedaçava ao ver que para eles não exista mais esperanças. Lágrimas escorriam em seu rosto enquanto uma de suas mãos tentava tirar a mão de Akshay do seu pescoço. Akshay vendo que ela estava ficando sem folego e quase desmaiando, aproxima seu rosto, fixa seus olhos no dela e profere tais palavras:
-Amaldiçoado seja esse dia,essa criança é sua ruína.-
Imediatamente ele tira a mão que estava no pescoço de devi e leva suas mãos em direção aquela criança para tirar de seu colo. Ela tenta lutar contra ele tentando manter a menina em seus braços, implorando para que não fizesse aquilo, contudo, não lhe deu ouvidos e arrancou abruptamente a criança que chorava por sua mãe.
Akshay se levanta com a criança em seu colo e se vira para ir embora, a devi apavorada grita pedindo misericórdia ao prantos para que ele não tirasse seu bem mais precioso. Akshay ficou surpreso e parou abruptamente quando a devi agarrou com todas as suas forças a capa vermelha de sua armadura na tentativa de impedir que ele levasse sua filha para longe. Ele se vira para ela e a olha com desdém enquanto puxa com brutalidade a capa de suas mãos.
-Olhe bem para o rosto dessa criança. Esse é a imagem que ficará gravada em sua memória enquanto o seu templo cai sobre sua cabeça.-
Disse o homem ao segurar a criança com uma mão e a outra apertava suas bochechas, virando o rosto para sua mãe, a qual chorava em seu colo enquanto Akshay saia do quarto largando a mulher jogada em seu leito.
Devi se arrasta pela cama e se segura no pilar de madeira para se pôr de pé para tentar alcançar Akshay; seus olhos estavam tomados por puro pavor, medo, tristeza, mágoa e ressentimento. quando seus pés tocam o chão daquele quarto que outrora estava resplandecente e cheio de alegria por ver o rosto de sua filha amada e que agora só continha um grande vazio. Sangue por todos os lados, o ressoar de vozes agonizantes gritando no exterior daquele templo fez com que devi levasse suas mãos em seus ouvidos para abafar o som enquanto tentava caminhar pelo quarto. Ela sente algo tocando em seus pés e olha; Suas mãos rapidamente vão direto para sua boca ao ver a parteira, a curandeira e sua dama mortas. Um urro de desespero e dor misturado com agonia tomou conta do quarto enquanto ela levava uma de suas mãos em sua barriga e a outra tentava estancar o seu sangue que escorria entre suas pernas com a parte debaixo do seu vestido. Devi chora tão alto que estremece aquele quarto e como último suspiro vida ela grita. Ela sente seu corpo cambalear e perde totalmente as forças caindo sobre os corpos daquelas mulheres enquanto seus sangues se misturavam formando uma vasta poça de sangue.
Ela fecha seus olhos e antes de ser levada pela escuridão e receber o beijo e o abraço da morte ela ouve a voz de uma mulher lhe chamando.
Devi tenta abrir seus olhos, mas suas pálpebras estão pesadas, no entanto isso não a impede de ver um vulto de uma mulher em pé ao olhar para ela. Aquela mulher que havia se manifestado a sua frente era nada mais e nada menos que Kali; ela olhou para devi, se abaixou e ficou sobre seus joelhos enquanto suas mãos foram de encontro a sua cintura e a trouxe para seu colo. Uma das mãos de Kali foi em direção aos cabelos de devi e acariciou enquanto seus olhos estavam fixos nos dela. Uma lágrima escorreu dos olhos de Kali, como se ela sentisse totalmente a dor daquela mulher, e o desespero de uma criança a ser tirada do seio de sua mãe.
Uma alma pela Alma, o seu sacrifício não será em vão —------ disse kali enquanto olhava para a pequena mulher em seu colo e acariciava seu rosto.
Devi no seu último suspiro, passa sua destra no rosto de kali e como súplica lhe deu um sorriso sincero e sussurrou para a mesma; —---- Uma alma pela alma…..cuide dela para mim —--------- —---- Estarei sempre com ela e ela comigo —-----
Kali continuava com devi em seus braços enquanto acariciava seus cabelos e recitava seu mantra:
Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no início de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos.
Eu e o deus das trevas a manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei.
Até o dia em que terei o maior prazer de encontrá-lo entre os mundos.
Devi se sentia segura nos braços daquela mulher o pequeno fragmento que havia em seu corpo foi devolvido para kali em forma de sacrifício antes de terminar seu mantra e ritual de passagem. kali a trouxe para mais perto e a abraçou enquanto o corpo de devi se desfazia em cinzas em seu colo. E assim, devi, se entregou no lugar de sua filha como sacrificio vivo. Entre a vida e a morte, devi preferiu a morte e a vida para sua pequena e amada menina.
Kali se levanta enquanto as cinzas da mãe da criança se esvai em seu colo. seus olhos percorrem todo aquele local à procura da menina e não achava. Ela suspira e sente a criança com medo, triste e chorosa no colo de seu pai. Kali decide não intervir na linha da vida da menina pois não era a hora do encontro das duas. para acalentar a criança que estava assustada, com medo e com fome ela sussurra para menina para tranquilizá-la:
---- Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou.
Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você até que você retorne a mim no crepúsculo final. Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças até mim.
No dia do nosso encontro vc não terá medo e virá até mim, e descobrirá verdadeira beleza, força e coragem, abra-se a meu abraço e domínio. Eu sou a crisálida na qual você irá encarar o que te apavora e da qual você irá florescer vibrante e renovada.
(Time Skip)
No corredor, Akshay para repentinamente, seu corpo se arrepia e petrifica na hora quando ouve o choro e o grito da mãe da criança, contudo seu orgulho e seu coração tomado por ódio e rancor fizeram dele um homem irracional naquele momento. Ele vai ao encontro de seus soldados e ele lhes dá uma ordem; exterminar todo aquele povo e trazer o templo a abaixo para que todos que ali passassem visse a ruina que um deus rejeitado poderia trazer. após suas ditas, começou a caminhar em passos largos em direção a saída daquele templo. Enquanto caminhava ele olha para a criança em seus braços que a minutos atrás estava chorando e que agora se encontrava tranquila e não sabia o motivo da serenidade que pousava no rosto da menina, como se algo estivesse acalentando a alma daquele pequeno ser. ele nota uma pequena mancha vermelha quase imperceptível na testa da menina, mas, não deu muita importância pois, ao ver dele poderia ser sangue seco ou um tipo de marca de nascença e assim foi embora, carregando consigo a única lembrança de devi em seu colo.